RPM de Volta. E agora? - Parte 2

Fernando Deluqui evoluiu. Mesmo no disco Quatro Coiotes, nos primeiros discos solo do Paulo e em PR & RPM de 1993 ele já mostrava ser um compositor capaz de provocar emoções. Suas melodias indiscutivelmente dão aquele frio na barriga quando se ouve. Em 2002, as inéditas tinham um peso maior da guitarra, sinal do respeito que ele alcançou dentro da própria banda. Espero sinceramente que ele tenha espaço para compor. É muito talentoso. Além disso, é um guitarrista muito virtuoso. Para mim, não há guitarrista melhor que se encaixe no som do RPM. Sem ele a banda perde muito. O problema de Fernando é querer cantar. Eu, pessoalmente, não gosto de seus vocais. Mas gostar ou não é detalhe. O fato é que o RPM é traçado com o Paulo nos vocais. Simplesmente soaria estranho a voz do Deluqui. Confesso que estou ansioso para ver a que tipo de acordo eles chegaram com relação a isso. Por fim, PA. O motor do RPM. Sua pegada na bateria é algo incrível. A força e a vontade que ele demonstra são cruciais para o sucesso dançante do RPM, e sua firmeza é a base das músicas mais "sérias". Como não se envolve em polêmicas que vão para a mídia, não há muito a dizer sobre ele. Apenas não tenho dúvidas sobre sua "atuação". Estou muito otimista. Acho que esses detalhes que citei são os principais desafios que o RPM tem que contornar para se firmar. Nas reuniões anteriores era muito ego para pouca banda. Vamos ver agora, com todos eles mais maduros, o que vai acontecer. Esqueci de alguma coisa? Concorda, discorda? Comente! Revolução!